sábado, janeiro 28, 2006

Tempo

Perco-me no tempo
Ao ponto do encontro
Entre o espaço e o vento
Feito o futuro com passado
No descompasso do presente.


sábado, janeiro 21, 2006

Música Do Coração: Não Deveria Se Chamar Amor

Moska

O AMOR que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar AMOR
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar AMOR

Poderia se chamar NUVEM
Porque muda de formato a cada instante
Poderia se chamar TEMPO
Porque parece um filme a que nunca assisti antes
Poderia se chamar LA-BI-RIN-TO
Porque sei que não conseguirei escapulir
Poderia se chamar A U R O R A
Pois vejo um novo dia que está por vir
Poderia se chamar ABISMO
Pois é certo que ele não tem fim
Poderia se chamar HORIZONTE
Porque parece linha reta mas sei que não é assim

O AMOR que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar AMOR
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar AMOR

Poderia se chamar PRIMEIRO BEIJO
Porque não lembro mais do meu passado
Poderia se chamar ÚLTIMO ADEUS
Que meu antigo futuro foi abandonado
Poderia se chamar UNIVERSO
Porque sei que não o conhecerei por inteiro
Poderia se chamar PALAVRA LOUCA
Que na verdade quer dizer: aventureiro
Poderia se chamar SILÊNCIO
Porque minha dor é calada e meu desejo é mudo
E poderia simplesmente não se chamar
Para não significar nada e dar sentido a tudo

O AMOR que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar AMOR
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar AMOR


[Ao Sol,
meu alimento.]

sexta-feira, janeiro 06, 2006

[fechado para balanço]