quinta-feira, março 23, 2006

Citação: Ogden Nash - Poeta Americano

"O casamento é uma aliança entre duas pessoas: uma nunca se lembra dos aniversários e a outra lembra sempre."

sábado, março 18, 2006

Incomparável

Cada vez mais, descubro que menos sei...
Sei que sobram motivos pra eu pensar que nada tem chance de durar. Nem a vida. Nem o lar. Nem mesmo um olhar. Mil razões eu tenho pra desconfiar de todo bom sentimento. Fatos e novelas. Histórias paralelas. Exemplos muitos pra eu usar. Até em comemoração de divórcio entrei!? Indício perfeito é sempre uma dúvida. Viver tornou-se um suplício...
Suplício enquanto não descobri o que significa amar. Enquanto não sonhei acordada. Enquanto não chorei de alegria. Enquanto não soube do que a calma é capaz. Enquanto não senti a certeza. Enquanto não entendi quem sou. Enquanto não vivi um grande amor...
Amor que não espera. Não se explica. Não tem medida. Desprendido. Suave liberdade. Confunde compreensão e cumplicidade. Um mestre. Um filho. Um presente. A felicidade real. O nu e o cru. Incondicional...
Incondicional e incomparável. Simples. Intensamente leve. Certamente único. E só...
Só mais uma partida. Eu e você. Juntos. Mundo. Porto. Um seguro. Até a próxima parada...
Parada pra uma nova etapa. Enredo pra uma outra história...

sábado, março 11, 2006

Texto:Da Chegada Do Amor

Elisa Lucinda

Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.

Sempre quis um amor que elaborasse
que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.

Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.

Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

Contudo,
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos.

Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis um amor que amasse.


x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x


Sempre quis saber o que eu queria...
Descobri, agora que chegou
e habitou minha vida...
Amo, muito, você.

sábado, março 04, 2006

Má Conduta

ausência
de um corpo
de meio termo
de tempo inteiro
e compreensão

ausência
de memória
de turbulência
de controvérsia
e abstenção

ausência
de duas metades
de mesmas vontades
de esquecidas vaidades
e explicação

ausência
de algum pensamento
de qualquer sofrimento
de nenhum arrependimento
e violação

ausência
minha
sua

pura
ausência
e má conduta