domingo, abril 30, 2006

Alma



beija-me
com o amor

toca-me
com o desejo

vela-me
com a alma

Espelhos


a cor da vida
refletida nos olhos
curiosos


a cor do medo
realçada nos espelhos
viciosos


a cor da noite
retratada nos andarilhos
amargurados

O Céu

                                   gentes
brilhantes
habitam o comum

mentes
distantes
beiram o monótono

adolescentes
e amantes
ganham o céu

sexta-feira, abril 28, 2006

Felicidade

Lembra utopia,
um desenho
inacabado
sem paciência,
um desejo
inalcançável
de tolerância ,
um destino
inalterado
em advertência.
Coisa-de-criança.
Uma crença,
escondida
atrás do cansaço.
No estardalhaço
desse enredo.
O dia-a-dia
de saudades
e discussões,
e confusões,
e confissões
e faltas de virtude.
Disfarçada
de sorte, num forte,
eco de euforia
e merecimento.
O um amor.
Entendimento.
Encontro
de razões.
Algum adeus
e, de Deus, o alento.
Em agradecimento,
a compreensão
do exposto.
Esquecida, agora,
ora acordada,
solta, e disposta
em meio ao caos
e à lucidez.
Cara-a-cara.
Às claras, mas
nem eu sabia
que ela vivia,
aqui entretida
por dúvidas
e queixas;
lá entre cifras
e marcas;
naturalmente
alheia
à minha presença.
Constantemente
desatenta
às evidências
disformes
de uma faca
sem os gumes.
Dentro, em mim.
Simples e direta,
feito seta
apontando
erros e acertos.
Perto de todos,
os lados, e os abraços
meio adormecidos
nas palavras,
nas dores,
e nas horas.
Tão guardada
e tão explícita
nos bastidores
da minha vida.
Que seja,
bem-vinda...

quinta-feira, abril 20, 2006

...

incomparável
cumplicidade

incontestável

completude

amor
amor

você
e eu

...

Interminável

Um sono anterior. Passado de mim. Tempo de imposturas, tolices e leviandades. Superfície. Perfeita ausência. O nada inteiramente alternado com o tudo. O mundo sem limite das vontades. Amores sem verdade. Nem falsa castidade. No íntimo, capricho, alguma crueldade misturada, diversos prazeres. Ensinaram-me a morder e assoprar. Trair, mentir, sentir. No começo. Desde o primeiro passo. Despertar o ato. Beijo. Provocar o fato. Sexo, e esquecer o afeto. Fusão implosiva, que deixa seus rastros. Resíduos emocionais, físicos, e alheios. Dores. Devaneios. Contradições e (in)consequências. Habilidades adquiridas. E esquecidas. E encerradas. Interminável, a cura da alma. Calma. Calma. Paciência e solidão. Purificação. A respiração, afinal...

Música Do Coração: Try A Little Tenderness

by Otis Rush
(Harry Woods, Jimmy Campbell e Reg Connelly)

Oh, she maybe weary
And young girls they do get weary
Wearing that same old shabby dress, yeah
But when she gets weary
Try a little tenderness, yeah
You know she's waiting, just anticipating
For things that she'll never, never, never, possess
But while she's there waiting without them, yeah
Try a little tenderness
(that's all you've gotta do)
It's not just sentimental no, no...
She has her grief and care, yeah
But the soft words
The all spoke so gently, yeah
It makes it easier, easier
To bear
You won't regret it no, no...
Young girls they don't forget it
Love is their whole happiness, yeah
But it's all so easy
All you've gotta to is try
Try a little tenderness
All you've gotta...
Do it man
Hold on the way you wanna
Squeeze her
Don't tease her
Never leave her
You've gotta try to find a little tenderness
(Nobody love her, man)

sexta-feira, abril 14, 2006

Texto: Um Dia Você Aprende Que...

William Shakespeare

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve. Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou; aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

Texto: Eu Sei E Você Sabe

Vinícius de Moraes

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo
levará você de mim

Eu sei e você sabe
Que a saudade não existe
E todo grande amor
Só é grande se for triste

Por isso, meu amor,
Não tenho medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham para você

Assim como o oceano
Só é belo com o luar
Assim como a canção
Só tem razão de se cantar

Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer

Assim como viver sem ter amor
Não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

Texto: Texto De Consulta

Murilo Mendes

A página branca indicará o discurso
Ou a supressão do discurso?
A página branca aumenta a coisa
Ou ainda diminui o mínimo?
O poema é o texto? O poeta?
O poema é o texto + o poeta?
O poema é o poeta - o texto?
O texto é o contexto do poeta
Ou o poeta é o contexto do texto?
O texto visível é o texto total
O antetexto o antitexto
Ou as ruínas do texto?
O texto abole
Cria
Ou restaura?

Texto: Ser Poeta

Newton Fernandes

Ser poeta é ter em si o sol resplandecente
A aurora, o crepúsculo e a noite enluarada
A montanha, o mar, a chuva, a estrela cadente
E a tudo isso amar com a alma apaixonada

É viver cheio de fé e mil sonhos de esplendores
Cultivar a fantasia nas sementes da fria realidade
Ter o perfume do jasmim e as asas dos condores
No mundo ver belezas e de tudo ter saudade

É olhar para o horizonte e acreditar no infinito
Descrever lindas manhãs e também tardes sombrias
Embelecer esses contrastes com seu estro, com seu grito

E quando se apaixona é um oceano imenso de ternura
Colocando sua musa em suas noites e seus dias
Em constante desejar... e exaltar - lhe a formosura

Texto: Em Cada Sentimento Meu

Roger Jones

Em cada sentimento meu...
Tem um espírito ateu...
E uma alma reencarnada...
Um orgulho plebeu...
E uma nobreza calada...
Uma certeza nítida...
Em eterna dúvida...
Um cruel bandido...
E um anjo perdido...
Um livro aberto...
E um segredo guardado...
Um futuro incerto...
Num instante passado...
Um destino certo...
E um projeto abandonado...
Em cada sentimento meu...
Tem um sentido...
E um rumo inexistente...
Um desejo contido...
E um medo persistente...
Uma vontade que desiste...
E uma esperança que existe...
Um desencanto...
E um contentamento...
Um amigo santo...
E um demônio atento...
Uma inteligência sólida...
E ingenuidade...
Uma demência mórbida...
E serenidade...
Em cada sentimento meu...
Tem uma contradição...
E uma lógica sem chão...
Um desânimo juvenil...
E um desabafo senil...
Uma harmonia...
Em confusão...
Uma agonia...
E uma razão...
Um colapso vulcânico...
E a calma de um lago...
Um pânico...
E um afago...
Um verso doce e amargo...
Que se intrometeu...
Em cada sentimento meu...

Texto: Noções

Cecília Meireles

Entre mim e mim, há vastidões bastantes
Para a navegação dos meus desejos afligidos.

Descem pela água minhas naves revestidas de espelhos.
Cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento que a atinge.

Mas, nesta aventura do sonho exposto à correnteza,
Só recolho o gosto infinito das respostas que não se encontram.

Virei-me sobre a minha própria existência, e contemplei-a:
Minha virtude era esta errância por mares contraditórios,
E este abandono para além da felicidade e da beleza.

Ó meu Deus, isto é a minha alma:
Qualquer coisa que flutua sobre este corpo efêmero e precário,
Como o vento largo do oceano sobre a areia passiva e inúmera...

Texto: O Homem E A Mulher

Victor Hugo

O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.

Texto: Hilda Hilst

Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.

Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha)

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.

Texto: Lágrimas Ocultas

Florbela Espanca

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era q'rida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...

E a minha triste boca dolorida
Que dantes tinha o rir das Primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!

E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...

E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

terça-feira, abril 11, 2006

Citação: Mário Quintana

"O amor é quando a gente mora um no outro."

segunda-feira, abril 10, 2006

Perdidamente

Perda é algo de difícil aceitação. Perda de pessoa. De coisa estimada, ou de estado apropriado. Perda dos sentidos. Da direção. Do chão. Perda da emoção. Do livro. Do crivo. Do abrigo. Perda do próprio corpo. Da lucidez. Perda do tempo. Do intento. Do sofrimento. Perda do véu. Do léu. Perda do contato. Da liga. Da paz. Perda da coragem. Da viagem. Do instante. Perda do lugar. Perda. Perdi-me. Estou perdida. Perdida no medo. Perdidamente. Partida. Em várias. Umas, e outras. Poucas, e nem tão boas. Reconheço-as, todas, dentro de mim. Sei quem eu sou. Eu. Elas. Eu e elas. Suposições. Lembranças. Mentiras. Esperanças. Verdades. Mudanças. Perdas. Errar e entender. Difícil acertar. Enfim...

sábado, abril 08, 2006

Texto: A Noite Na Ilha

Pablo Neruda

Dormi contigo a noite inteira junto do mar, na ilha.
Selvagem e doce eras entre o prazer e o sono,
entre o fogo e a água.
Talvez bem tarde nossos
sonos se uniram na altura e no fundo,
em cima como ramos que um mesmo vento move,
embaixo como raízes vermelhas que se tocam.
Talvez teu sono se separou do meu e pelo mar escuro
me procurava como antes, quando nem existias,
quando sem te enxergar naveguei a teu lado
e teus olhos buscavam o que agora - pão,
vinho, amor e cólera - te dou, cheias as mãos,
porque tu és a taça que só esperava
os dons da minha vida.
Dormi junto contigo a noite inteira,
enquanto a escura terra gira com vivos e com mortos,
de repente desperto e no meio da sombra meu braço
rodeava tua cintura.
Nem a noite nem o sonho puderam separar-nos.
Dormi contigo, amor, despertei, e tua boca
saída de teu sono me deu o sabor da terra,
de água-marinha, de algas, de tua íntima vida,
e recebi teu beijo molhado pela aurora
como se me chegasse do mar que nos rodeia.

Texto: Se Cada Dia Cai

Pablo Neruda
(Últimos Sonetos)

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Texto: O Teu Riso

Pablo Neruda

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Texto: Se Você Quiser...

Múcio Góes

E se você quiser
Posso dar um jeito de ser
O que você quiser
Para lhe fazer feliz

E assim, se frio fizer
Em sol me viro
Se você quiser...
E no calor serei a neve
E se chover, deixo lhe molhar
Se você quiser...
E se doer, faço passar
Se não passar, passo pra mim
Se você quiser...
E se chorar, serei seu lenço
E se cair, lhe dou a mão
Se você quiser...
E se sentir medo, eu protejo
E guardo até segredo
Se você quiser...
E se esquecer, eu lembro
E não me permito falhar
Se você quiser...

Uma música
Uma noite
Uma piada
Um sorvete
Um ombro
Um sorriso
Um beijo
Um abraço
Posso dar um jeito de ser
O que você quiser
Para lhe fazer feliz

Enfim, quero que saiba
Que até perco a memória
E invento outra história
Onde não lhe caiba
Se você quiser...

(O preferido)

Música Do Coração: Muito Pouco

by Maria Rita
(Composição: Moska)

Pronto
Agora que voltou tudo ao normal
Talvez você consiga ser menos rei
E um pouco mais real
Esqueça
As horas nunca andam para trás
Todo dia é dia de aprender um pouco
Do muito que a vida trás.

Mas muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louca
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouca
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero (mais)

Chega!
Não me condene pelo seu penar
Pesos e medidas não servem
Pra ninguém poder nos comparar
Por que
Eu não pertenço ao mesmo lugar
Em que você se afunda tão raso
Não dá nem pra tentar te salvar

...veja
A qualidade está inferior
E não é a quantidade que faz
A estrutura de um grande amor
Simplesmente seja
O que você julgar ser o melhor
Mas lembre-se que tudo que começa com muito
Pode acabar muito pior

sexta-feira, abril 07, 2006

Citação: Carlos Drummond de Andrade

"Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata."

sábado, abril 01, 2006

FotoGrafia

.by Nanna.