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[Visto o luto. Meu país
só conhece o suicídio...]

Sou católica porque disseram-me. Os seus fundamentos discordam dos meus. Mas aprendi a crer num Deus que é sublime em seus atos. Único em suas razões. Gentil como um primeiro-olhar de mãe. E descobri serem desnecessárias as minhas indagações a respeito dos caminhos que o mundo escolhe. Porque Ele guia-me perfeitamente, mesmo que eu demore para interpretar Suas assinaturas. E elas estão chegando a mim tão rapidamente, de uma forma tão encantadora, que sinto-me embrulhada-para-ser, tal qual um desejo de Natal. O meu corpo goza sensações-divinas que variam entre o conforto e a proteção, e transcorrem por mim sentimentos indescritíveis, outrora inimagináveis. Há certezas indefiníveis queimando em minhas veias, como se meus gestos fossem documentos-secretos sendo preenchidos na eternidade da minha alma, tornando-me plena de vida. Os meus passados viraram as suas páginas e apresento-me para o presente, pois percebo a mim como um catalisador das Suas vontades. Sou como um diário-de-propósito na adolescência, uma verdade-absoluta. E talvez eu esteja louca. Talvez eu nem consiga discernir as notas. Talvez, eu esqueça o que experimento hoje. Mas a metamorfose está sacramentada. E Ele sabe que agora eu também sei...

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That`s the Question:

Quando uma árvore cai,
no meio da floresta,
ela faz barulho
SE não tem ninguém pra ouvir?

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Eis a pergunta
[que não quer parar de rodar!]
do meu mais querido amigo,
depois de vááários litros de cerveja!!
:)

quanto custa
pra esquecer alguém?
um vintém,
um harém,
um outro ninguém?
quanto custa
pra perder alguém?
um descaso,
um acaso,
um atraso?
quanto custa
pra deixar alguém?
um momento,
um intento,
um lamento?
quanto custa
pra querer alguém?
um desejo,
um lampejo,
um dito cujo?
quanto custa
pra viver assim?
um porém,
um parêntese,
uma síntese?
quanto custa
pra você?
[e pra mim?]

[ O médico me disse:
'sinto muito,
não tem linha
com essa cor.' ]

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por todo

o tempo
acreditei
precisar
de motivos.
resolvi
convencer os anos
porque eu precisava
procurar.
resolvi
esticar os meses
porque eu precisava
esperar.
resolvi
trocar os dias
porque eu precisava
aguentar.
resolvi
adiar as horas
porque eu precisava
de mais.
resolvi
ficar confusa,
então.
somei dinheiro
com coragem
e parti. pra viver e sentir. entendi as mudanças necessárias. percebi que as distâncias vêem-e-são. descobri não precisar dos mesmos porquês. e esqueci aqueles pretextos, porque nem eles sabem tanto de mim...

Assim...

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existe em mim
essa vontade
[de parir]
mas ainda eu
delimito meus
espaços internos
[os vazios]
de tempo
em tempo
sinto inversos
[tic-tac tic-tac]
entre meu ventre
e o movimento
[há divergência]
como saber a
hora do futuro
[não penso]?

   as folhas-do-tempo
   simulam respostas
   do frio que sinto.
   a queda dos galhos
   aumenta o perigo
   enquanto fico nua.
   a temperatura baixa
   circula e estremece
   meus versos-de-lua.

           [quem sabe assim,
           eu consigo chorar
           e seguir o vento.]

Eu participo dessa bagaceira!!

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Estado de Gravidez

   enquanto os pincéis
    escolhem as mãos
    em oração. estou.
    eu, e essas cores.
    elas, em aquarela.
    escondo os olhos
    e deslembro dores
   esperando minha vez.

Ainda há amor nos versos nossos...

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Recebi um grande carinho do Wilson, aqui!

Hoje, tô com vontade-de-sol!
Vou desatar meus pensamentos
e afundar na quentura da vida...

[O preço da liberdade é impagável
aos olhos de quem nada cria.]

O amor é passageiro daqui...

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Escrevo pra mitigar as letras palpitantes em mim. Letras que não precisam do pretexto, nem disfarçam o defeito quando decidem fugir. Letras fartas desses vazios coloquiais nos sentimentos contidos. Letras em confinamento, esperançosas e tumultuadas. Letras-tatuagens de antigamente. Letras de cor. Letras com aquele sabor ardido de desvario. Uma letra após a outra. Linha de letras cruas. Letras que escapam do íntimo perdido. Uma letra como nenhuma outra. Letra perfeita, outra combinada. Uma letra sem a outra. Letras e ressentidas. Letras cortantes, tal qual um fio de sanidade. Letras suaves. Ora discretas, ora verdades. As letras e suas idades. Letras transformando-se no branco-diário de várias línguas. Todas as letras e suas superfícies. As letras em suas crendices. Letras surgindo, outras deixando. Letras e tormentos. Letras em invento. As letras e eu. Escrevo pra incitar as letras-despidas e, talvez, esquecer de mim...

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Obrigada por todos os carinhos
deixados no post de aniversário, viu?
Vocês são todos uns fofos!!!

Enfim, aniversário outra vez...

                       Dois anos
                misturando dias
             aos meus verbos,
                  traduzindo escritos
                      das minhas vozes,
                             discorrendo
                             os mundos com
                              meus olhos,
                             ouvindo esses
                            familiares
                          sons-virtuais.
                       Dois anos de
                     escolhas e apostas,
                   erros supostos e
                 direções opostas.
               Dois anos de novos
             afetos diários, pessoas-tesouros
          e laços apertados. Há dois anos,
          não esqueço de me divertir. Há
           dois anos sinto as palavras
             através da minha alma...

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Muito obrigada a todos vocês por fazerem essa parte tão importante dentro da minha vida...