sábado, abril 30, 2005

O Meio, O Começo, E O Fim

Em meio ao caos, o fôlego. O sopro que reanima. Sustenta. Encoraja a seguir. Preciso ir. Sair do incômodo estar. Procurar o lugar pra respirar o ar puro. Seguro. Onde estará? Virá? Não sei. Protelei o sonho que rabisquei. E espero. Paciente e bordejante. A harmonia? A alegria? Ninguém deixa. Tudo é queixa. Ofensa e descrença. Por quê? Pra quê? Vou correr. Fugir pra longe daqui. Refletir. Quem sabe, sorrir? Só quero ir, pra variar. Talvez mudar. Voltar aonde nunca fui e vagar e ficar aonde nunca passei. Errei? Não sei. E a canção? Ilusão? Não. É vida disfarçada. Calada. Sombria de dia e clara como a noite. Açoite. De repente distante. Inerte. Fantoche e deboche. Cadê o caramelo? Acabou a doçura? Amargura. Resta a pintura colorida com dor. Insípida. Borrada e marcada de medo. Cheia de dedos. Remendo os frangalhos. Escrevo a história. Carmim. É assim o preço do apreço. Desfaço o laço, passo a passo. Experimento o cansaço que me rendeu. Relembro o abraço que se perdeu. Desejo o beijo que não aconteceu. Vai me encontrar, o amor que nunca pretendi? Vai me atrair, o caminho que jamais reconheci? Sim. Fazem parte de mim. São o meio, o começo, e o fim...

0 compartilhando!

Postar um comentário

<< Home