Texto: Sempre, De Vez Em quando
(Leila Míccolis)
Toda vez que amanheço
de porre, sem ter bebido,
é prenúncio de tempestades.
Os calos não doem
com a mudança do tempo,
mas meu coração dispara
e o olfato fica mais aguçado
que faro de perdigueiro.
Nestas horas,
não adianta ninguém me dizer
que "viver é experimentar",
porque o máximo que eu consigo
é avaliar as avarias
causadas pelos arpões.
Em Perfeito Mau Estado, Editora Achiamé, 1987 - Rio de Janeiro, Brasil.
Toda vez que amanheço
de porre, sem ter bebido,
é prenúncio de tempestades.
Os calos não doem
com a mudança do tempo,
mas meu coração dispara
e o olfato fica mais aguçado
que faro de perdigueiro.
Nestas horas,
não adianta ninguém me dizer
que "viver é experimentar",
porque o máximo que eu consigo
é avaliar as avarias
causadas pelos arpões.
Em Perfeito Mau Estado, Editora Achiamé, 1987 - Rio de Janeiro, Brasil.
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