sábado, julho 23, 2005

Constante Variável

O tempo é uma palavra pequena,
que rege a orquestra humana
e coreografa com a vida.
É o escritor romancista
que faz o terror necessário
na suprema narração.
É o divisor das águas
e a condição meteorológica
da paciência.
Ele pode fechar,
pode durar,
ou simplesmente parar.
É um sim,
muitas vezes não,
e a mais absoluta razão.
É a época,

passado, presente e futuro,
totalmente eficaz,
apesar de escuro.
É um sabido remédio,
de solução razoavelmente dispendiosa,

que cura todos os males.
O tempo é o verdadeiro reconhecimento
da eterna lealdade
no meio de todas as perdas e ganhos.
É a pura mágica,
é altamente trágico,
e agradavelmente cômico.
É confortável,
mesmo que provisório,
assim
como um casório.
O tempo é o resgate
da alma em apuro
no mais profundo íntimo.

É um tesouro,
tal qual um oásis,
habitando o coração.
É uma rocha
esculpida pela brisa
que acalenta o destino.
O tempo é mesmo o fim,
é a constante variável,
e o desmedido recomeço...

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