quinta-feira, abril 20, 2006

Interminável

Um sono anterior. Passado de mim. Tempo de imposturas, tolices e leviandades. Superfície. Perfeita ausência. O nada inteiramente alternado com o tudo. O mundo sem limite das vontades. Amores sem verdade. Nem falsa castidade. No íntimo, capricho, alguma crueldade misturada, diversos prazeres. Ensinaram-me a morder e assoprar. Trair, mentir, sentir. No começo. Desde o primeiro passo. Despertar o ato. Beijo. Provocar o fato. Sexo, e esquecer o afeto. Fusão implosiva, que deixa seus rastros. Resíduos emocionais, físicos, e alheios. Dores. Devaneios. Contradições e (in)consequências. Habilidades adquiridas. E esquecidas. E encerradas. Interminável, a cura da alma. Calma. Calma. Paciência e solidão. Purificação. A respiração, afinal...

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