quinta-feira, outubro 05, 2006

Escrevo pra mitigar as letras palpitantes em mim. Letras que não precisam do pretexto, nem disfarçam o defeito quando decidem fugir. Letras fartas desses vazios coloquiais nos sentimentos contidos. Letras em confinamento, esperançosas e tumultuadas. Letras-tatuagens de antigamente. Letras de cor. Letras com aquele sabor ardido de desvario. Uma letra após a outra. Linha de letras cruas. Letras que escapam do íntimo perdido. Uma letra como nenhuma outra. Letra perfeita, outra combinada. Uma letra sem a outra. Letras e ressentidas. Letras cortantes, tal qual um fio de sanidade. Letras suaves. Ora discretas, ora verdades. As letras e suas idades. Letras transformando-se no branco-diário de várias línguas. Todas as letras e suas superfícies. As letras em suas crendices. Letras surgindo, outras deixando. Letras e tormentos. Letras em invento. As letras e eu. Escrevo pra incitar as letras-despidas e, talvez, esquecer de mim...

6 compartilhando!

Anonymous Anônimo ,

letra
em letra
vamos
preenchendo linhas
soltando
nossos
"papagaios"
nos vazios.

outubro 06, 2006 11:46 AM  
Blogger André ,

ouço-as cantarem!

outubro 06, 2006 9:52 PM  
Blogger Mauricio ,

Diante de comentários tão poéticos, o meu soa bobo...

Um beijo e bom fim de semana.

outubro 07, 2006 8:47 AM  
Blogger mg6es ,

de letra em letra,
um dia, a vida
irá muito além
desse etecétera.


beijo!

:)

outubro 07, 2006 1:06 PM  
Anonymous Anônimo ,

A letra, múltipla, espalha-se na infinitude dos significados do mundo. Usamos, cada uma dela, para transfigurar o que dentro de nós viceja, discreto ou não, e também para traduzir o que aos olhos da maioria passa como se não existisse.

Congratulações.

beijos e mimos.

outubro 07, 2006 11:22 PM  
Blogger Remo Saraiva ,

Biito isso!!!


Beijos, linda!!

REMO.

outubro 10, 2006 12:18 AM  

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