Eu nunca fui muito a favor do casamento, mesmo quase tendo cometido esse ato por duas vezes. É tanto casal se matando. E se traindo. E se separando. Mas deve ser divertido, porque a maior parte da população casa, pelo menos uma vez na vida. E o meu relógio correndo... Esse ano completo 32. Não tenho medo de envelhecer sozinha, mas acompanhada é mais interessante, suponho. Além do quê, meus hormônios estão em ebulição. Olhar uma criança na rua é sentir meu útero revirando; uma grávida faz meu instinto materno soltar fogos-de-artifício. Na verdade, acho tudo isso uma grande palhaçada, porque fácil é assinar um contrato de matrimônio. É fácil decorar uma casa. É fácil pagar as contas. É fácil até parir! O problema todo é encontrar um marido que não me faça pensar em divórcio alguns meses depois. Isso, sem falar de amor, que por si só já é completamente complicado. Enfim, o que quero dizer é que, depois da fralda descartável e da internet, a maior descoberta talvez seja mesmo a produção independente...