que de vez em quando faz visita
pra dizer-me que não vai ficar.
protelar é um verbo
necessário quando a
história escolhe as
re[viram]voltas que
despencam no céu de
cá. pra eu entender
que voar é perigoso
no tumulto que todo
atalho encobre. dos
estranhos prazeres,
amena saudade com a
mesma vontade de ir
onde a sorte espera
por mim, deitada na
rede, pichando essa
parede que disfarça
meu coração em vão.
desfaço contornos e
desminto distâncias
que irrompem porque
insisto em partir e
esqueço de ficar. a
verdade tão íntima,
uma vítima do tempo
- dono desse lugar.
certo. certo. certo!
será que estou
errada? porque
a curva parece
mudar, estrada
e clima hostil.
ora clara, ora
bolas. atrasou
a direção. não
vi o lado, vil?
vou saindo, na
contramão. por
que voltar com
travesseiro se
do chão
brotam
as pedras?
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