sábado, outubro 30, 2004

Homem Encantado

O tempo em câmera lenta ao meu redor. Segundos pra pensar no que gostaria de ver realizado, decidir entre as opções e desejar. Um êxtase efêmero. Pluft! Estrela caída, melhor pedida. Será?
De fato, havia mesmo outro ensejo. Algo realmente complicado de se querer... Um novo (!?) desejo: encontrar-me com o homem encantado!
Este. Esse. Aquele. Somente ele. Ele, que me trará a liberdade ao me render em seu amor. Ele, que, com sua doce firmeza, afugentará meu mais insano temor. Ele, que será do meu corpo guardião, e da minha alma senhor. Apenas ele. Um homem que me enlevará com o seu fascínio. Um homem pelo qual meus olhos resplandecerão. Um homem que, excepcionalmente, tocará meu coração. Ele. Ele, que me conduzirá ao equilíbrio com sua simetria. Ele, que reformará minha energia. E, tal como um 'encantador de abelhas', me seduzirá. E me fecundará. E me transformará na mais pura alegria. Ele, o homem encantado...

sábado, outubro 23, 2004

Citação: Sêneca

"Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável."

sexta-feira, outubro 22, 2004

Música Do Coração: Nada Pra Mim

Por Ana Carolina
(Autor Desconhecido)
Eu não vim aqui
Pra entender ou explicar
Nem pedir nada pra mim
Não quero nada pra mim
Eu vim pelo que sei
E pelo que sei
Você gosta de mim
É por isso que eu vim
Eu não quero cantar
Pra ninguém a canção
Que eu fiz pra você
Que eu guardei pra você
Pra você não esquecer
Que eu tenho um coração
E é seu
Tudo mais que eu tenho
Tenho tempo de sobra
Tive voce na mão
E agora
Tenho só essa canção

Internet: Realidade (ou) Virtual

Possibilidades infinitas e variadas. Volta ao redor do mundo, passagem pra o interior de mim. Ora surpresas, ora tristezas. (Des)Encontros, paixões, muitas lições. Em todas as formas, emoções. A baixa de uma música, um e-mail esperado, um livro muito desejado. Busca desenfreada por tudo o que possa a minha necessidade suprir. Necessidade essa de conhecimento, divertimento, algum sentimento. Às vezes, um arrependimento. Às vezes, um grande contentamento. Tanto um exercício de paciência, quanto um moderno preço pago pela experiência. Encurta-distâncias, mata-saudades, alivia-tensões. Descobertas. Também, algumas frustrações. Passado, presente e futuro. Claro e escuro. Agrupamento das solidões. Gera discussões, causa conflitos, muda opiniões. É companheira ilustre das horas perdidas. É cura eleita pras dores referidas. Cria o mistério, mas nem tudo é sério. Brinca com a verdade e joga com a mentira. A informação, lida, escrita e ouvida, na memória é retida. Uma nova percepção das formas de prazer incitada pelo audio-visual. Tem até sexo casual! É a recente trajetória da realidade (ou) virtual...

quarta-feira, outubro 20, 2004

Citação: Aristóteles - Filósofo Grego

"All human actions have one or more of these seven causes: chance, nature, compulsions, habit, reason, passion, desire."

terça-feira, outubro 19, 2004

Música Do Coração: Uma Louca Tempestade

Por Ana Carolina
(Totonho Villeroy e Bebeto Alves)
Eu quero uma lua plena
Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes,
que teus olhos não me têm deixado ver
Agora eu vou viver
Eu quero sair de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento
pela pele um pensamento me fará
Uma louca tempestade
Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As
águas que me querem levar tão longe

Tão longe que me façam esquecer de ti
Eu quero partir de manhã
Eu quero seguir a estrela
Eu quero sentir o vento
pela pele um pensamento me fará
Uma louca tempestade
Eu quero uma lua plena
Eu quero sentir a noite
Eu quero olhar as luzes,
que teus olhos não me têm deixado ver
Agora eu vou viver
Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As
águas que me querem levar tão longe

Eu quero ser uma tarde gris
Quero que a chuva corra sobre o rio
O rio que por ruas corre em mim
As
águas que me querem levar tão longe

Tão longe que me façam esquecer de ti

segunda-feira, outubro 18, 2004

Meu Professor De História

Primeira paixão. Meu professor de História. Como não poderia deixar de ser, a(r)do(r)lescência pura!
Ele era baixinho, moreno, cabelos meio grisalhos, uns 32, solteiro e falava um português corretíssimo. Todo certinho, suas roupinhas todas 'combinandinho'. Cheiro i-nes-que-cí-vel... Um charme! Sério candidato a marido se o tivesse conhecido hoje. Enfim...
Sempre fui aluna de sentar em fundo de classe, ser convidada a me retirar por conversar a tempo inteiro, blá blá blá... Mas nos horários em que ele ensinava, eu era a primeira da fila. Incrível! As melhores notas eram minhas, of course!
Eu adorava quando íamos todos ao cinema. Sim, ele nos levava sempre que estreava algum filme com relevância histórica. Minhas amigas passavam mal de tanta raiva, pois fazíamos relatórios de filmes péssimos, e contra a vontade, o que era pior. Reclamação do começo ao fim. Eu não ligava, nem ouvia sequer... Meus olhos e ouvidos e boca e corpo eram dele, pra ele... Nem de longe lembro do nome dos filmes.
Entretanto, jamais esquecerei as batidas do meu coração-nervoso, e a delícia que era estar ao lado dele, o 'homem-mais-inteligente-do-mundo', que explicava cada pedacinho daquela história com um entusiasmo encantador. Embevecida, deixava que nossas pernas e braços resvalassem...
Ele sabia. Ele sempre soube. E não escondia que ficava lisonjeado. Nossos olhares eram cúmplices. Eu me sentia como sua amante, mesmo que não tenhamos nos tocado, nem trocado palavra sobre o assunto. Guardamos essa paixão platônica por quase todo o ano letivo. E, finalmente, ele foi embora, e nunca mais.
Entrei para o 6° ano sem notícias suas. Não importava, também. Meus pensamentos, agora, tinham outra razão. Uma nova paixão das férias de verão...

Simplesmente Vivendo

Definitivamente, não sei o que ainda me prende... Qual o entrave da situação?? Minhas asas estão crescidas, doloridas por causa dos laços e amarras. E não suporto mais, me sinto sufocada, esmagada. Onde anda a minha liberdade, tão esperada, ainda não conquistada?? A vontade é fugir, sem deixar pistas, ninguém pra me seguir. Algum lugar (ou alguém!?) que me acolha. Deixar pra trás a angústia de ter perdido tanto tempo, de haver me perdido de mim mesma, por quase 30 anos, há milhares de quilômetros... Já pensei em morrer uma vez. Outra hora, não agora. Pensei que seria a melhor alternativa. A grande saída. Besteira! Não resolve. E não justificaria o meu vir até aqui...Quero dar fim nisso, sim, mas de uma outra maneira, sei que existe forma melhor. Quero destruir a prisão simplesmente vivendo, e não vivendo simplesmente. Entende? Quero viver tanto... Viver tudo. Vou viver, então!!!

Instante

Alucinante a agonia no momento.
A diversão é suspensa, por um instante.
Poder que a Vida exerce.
Revela sua infinita impiedade, dilacerante.
Dói no corpo, dói na alma.
Por pouco não perco a calma.
O desespero a rondar.
Meu intento, pelo menos, é tentar.
Nos braços de Morfeu, dormir.
Enfim...

domingo, outubro 17, 2004

Para: Amiga-Corajosa-Caprichosa

Hoje foi um dia especial. Um dia lindo, por sinal!
Tarde gostosa, com uma amiga teimosa.
Menina sofrida, mas muito corajosa.
Cheia de dúvidas, artista caprichosa.
Queria poder confortar, até me coloco em seu lugar.
Também tenho minhas angústias, podemos sempre conversar.
Estarei aqui, pronta pra escutar.
Tenha mais fé na vida.
Mesmo que seja dolorida, amiga...

Um grande beijo no seu coração!

quinta-feira, outubro 14, 2004

Filme: Alguém Tem Que Ceder

Sinopse: Harry Sanborn (JACK NICHOLSON) é um solteirão convicto que só namora mulheres com menos de 30. Naquele que seria um final de semana romântico com a sua mais recente paixão, Marin (AMANDA PEET), na casa de praia da mãe dela, Harry sente dores no peito e passa mal. A mãe de Marin, Erica Barry (DIANE KEATON), uma bem-sucedida dramaturga divorciada, hesita mas acaba concordando em ajudar a cuidar dele até que se recupere. Harry fica surpreso ao se sentir atraído por Erica. Apesar de inicialmente antipatizar com Harry, Erica redescobre o amor. E acontecem complicações amorosas de todo tipo quando Erica é assediada pelo belo e jovem médico de Harry, de 30 e poucos anos, Julian Mercer (KEANU REEVES).
Recuperado, Harry volta para casa e volta a viver como antes. No entanto, ele percebe que o amor que sente por Erica o fez mudar, e terá de passar por uma verdadeira transformação se quiser reconquistá-la. E em assuntos do coração, pode-se esperar o inesperado.

Assunto bem comum, tratado de uma forma delicada, e franca ao mesmo tempo... Um senso de humor delicioso, verdadeiro, simples e humano. Um filme adorável!!!

Música Do Coração: Cais

Por Elis Regina
(Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)

Para quem quer se soltar
Invento o cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento Lua nova a clarear
Invento o amor
E sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir
Eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais e sei a vez de me lançar

quarta-feira, outubro 13, 2004

Texto: Recomeçar

(Carlos Drummond de Andrade)
Não importa onde você parou...

Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
É renovar as esperanças na vida e o mais importante...
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado...
Chorou muito?
Foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechou a porta até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da sua melhora...
Pois é... Agora é hora de reiniciar... De pensar na luz...
De encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal um novo emprego?
Uma nova profissão?
Um corte de cabelo arrojado... diferente?
Um novo curso... Ou aquele velho desejo de aprender a pintar... Desenhar...
Dominar o computador... Ou qualquer outra coisa...
Olha quanto desafio...
Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus o esperando.
Está se sentindo sozinho?
Besteira... Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento"...
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza...
Nem nós mesmos nos suportamos...
Ficamos horríveis...
O mau humor vai comendo nosso fígado...
Até a boca fica amarga!
Recomeçar...
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Ir alto... Sonhe alto...
Queira o melhor do melhor...
Queira coisas boas para a vida...
Pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos...
Se pensamos pequeno...
Coisas pequenas teremos...
Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental...
Joga fora tudo que te prende ao passado...
Ao mundinho de coisas tristes...
Fotos... Peças de roupa, papel de bala...
Ingressos de cinema, bilhetes de viagens...
E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados...
Jogue tudo fora...
Mas, principalmente, esvazie seu coração...
Fique pronto para a vida...
Para um novo amor...
Lembre-se: somos apaixonáveis...
Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...
Afinal de contas...
Nós somos o "Amor".

"Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura."

Enfim...
:)

Saudade De Mim Mesma

Eu me pergunto qual foi o momento exato em que me tornei uma "pedra", e construi a minha casca. Sufoquei minha fragilidade. Amarrei a minha doçura. Afoguei minha inocência... Quando?? Quando foi que deixei de me expor, que parei de chorar, endureci? Resolvi não ser transparente. Não no sentido de deixar de ser verdadeira. Não. Criei uma proteção, minha armadura blindada. Decidi não correr mais os riscos. Aprendi que o ser humano é cruel e impiedoso, e que somente eu mesma poderia me resguardar. Foi tudo friamente arquitetado. Eu não dependeria de mais ninguém pra ser feliz. Eu me bastaria! Por um certo tempo. Ou pelo tempo certo... I guess!
Tudo caiu por terra, dia desses. Senti saudade de mim mesma... Comecei a destruir os muros que tão arduamente havia construído. Recomeço a sentir desejos. Voltei a chorar, quando necessário. Retomei alguns sonhos antigos, joguei os ultrapassados fora, e ensaio outros novos. Eu quero amar. Quero redecorar meu mundo. Conhecer pessoas, rever um monte, esquecer outras tantas. Quero cantar, gritar a esperança, soltar muita gargalhada. Recobro minha sanidade, é bem verdade. Volto a viver e, com a minha cara-coragem,
torno a desnudar minha alma...
Mas a vida é bem interessante. Faz de propósito. Ensina a lição. Arranha, espinha, morde. Depois assopra, gostoooso... É emoção. Ui, delícia!!!

segunda-feira, outubro 11, 2004

Receita De Cura

Eu já nem sei mais se sei alguma coisa...

O que leva uma pessoa a fazer de sua própria vida um martírio, um sacrifício? Um mar-de-lamúrias, de dores, de descontentamento e infelicidade? O sofrimento é tamanho que a dor parece ser palpável. Ela entende o que acontece? Ou realmente é proposital? Faz questão que seja dessa forma? Deixou de lutar há muito, arrisco dizer... Sequer chegou a lutar um dia? Claro e visível é o seu desgosto. Não tem mais um porquê, nem mesmo um pra quê...
Me sinto humildemente incapaz diante da situação. Minha própria vida ainda é uma bagunça de sentimentos e acontecimentos!? Estou reagindo em meio ao caos. Eu aprendi que posso, descobri como. Reagir. É o meu antídoto contra o mal. É a minha guerra individual. E luto sozinha, pois a pessoa que me colocou nesse mundo não me ajuda mais, não pode mais, nem vive mais!? Maltrata, fere, vive armada de palavras e atitudes, contra mim, e contra o mundo.
Vai além do meu entendimento. Eu sofro tanto mais do que posso descrever. Longa e cruel tortura...
Oh, Deus! Nem questiono mais. Nem tenciono achar as respostas que outrora me dasatinavam. Nem quero nada pra mim, por mim. Já consigo ficar de pé sozinha, sei brigar... Oh, Deus, meu Deus! Se fosse possível uma escolha, eu renunciaria à minha propria vida pra salvá-la. Se fosse possível, trocaria o meu bem mais precioso, minha força, pela dor do seu coração. Sei que não é, mas posso continuar tentando...

Sou teimosa. Guerreira, agora, também! Sei que preciso ter muita fé. Falta bastante oração. E Amor eu tenho de sobra! Então... Vou experimentar uma receita antiga, de desconhecida autoria: todo o Amor que eu puder, com generosas xícaras de fé, infinitas colheres de oração, e pitadas eternas de compreensão... E vou enfiar por sua goela abaixo, nem que seja na marra!!!

Me dei conta de que até sei alguma coisinha, ainda. Enfim...

Relações Virtuais

Complexas.
Dependem do talento de ambos para passar a emoção em cada frase. Dependem de todas as informações enviadas e recebidas, as quais nem sempre são verdadeiras, ou completas... É preciso paciência por causa das dificuldades, principalmente as de interpretação de texto. Nem sempre o que se escreve é lido com o mesmo sentimento do momento em que foi escrito. Um comentário inocente pode ser confundido com indiferença, pela falta dos olhos nos olhos, ou pela falta de uma voz. Uma mesma frase, sentidos diferentes...
Complicadas, mas essencialmente humanas, as relações virtuais necessitam de estímulos visuais, físicos, auditivos. As palavras são meras coadjuvantes. Atuam através de nossos sentimentos que, para serem vividos, precisam mais do que um sujeito, um verbo e um predicado.
É muito bom podermos nos apaixonar, sentir raiva, e até ter um orgasmo virtualmente, mas o poder da realidade é inexoravelmente maior, e mais eficaz, do que o de um simples teclado...

domingo, outubro 10, 2004

Texto: Maturidade

(Autor Desconhecido)
Maturidade é ter o poder de controlar a raiva e de resolver divergências sem violência nem destruição.
Maturidade é ter paciência, a disposição para abrir mão de um prazer imediato, com vistas a uma vantagem a longo prazo.
Maturidade é ter perseverança, é empenhar-se a fundo num programa, a despeito da oposição e dos contratempos desalentadores.
Maturidade é ter abnegação, é atender às necessidades alheias.
Maturidade é ter capacidade de enfrentar o desagradável e a decepção sem nos tornarmos amargos.
Maturidade é ter humildade. Uma pessoa madura consegue dizer: - "Perdoe-me". E, quando fica provado que estava com a razão, não sente necessidade de se vangloriar: "Eu não disse?".
Maturidade significa credibilidade, integridade e cumprimento da palavra. Os imaturos, encontram pretexto pra tudo. São os retardatários crônicos, os contadores de vantagens que falham no momento das crises. A vida dessas pessoas é um emaranhado de promessas não cumpridas, assuntos inacabados e amizades desfeitos.
Maturidade é ter a capacidade de viver em paz com o que não se pode mudar.

sexta-feira, outubro 08, 2004

Benção De Deus

Este é só para deixar registrado que, hoje, está fazendo um dos dias mais lindos que eu já vi...

:)

quinta-feira, outubro 07, 2004

Frase

Acabei de ouvir uma das frases mais interessantes dos últimos dias, dita por uma grande amiga:"Ai menina... Como é estressante ser solteira aos 30!". Não sei se era pra eu rir ou chorar. Acabei dando gargalhadas. Poderia ser de nervoso, também. Sei lá...
Mas o assunto é sério (ou deveria ser!). Na verdade, casamento não é uma prioridade na minha vida, tenho muitas outras. Apesar disso, como todo ser humano, sinto falta de um homem ao meu lado, às vezes. Sim, só às vezes
, porque relacionamento, ou te diverte, ou te chateia!
Acho que me acostumei a viver sozinha (me and myself!), sem depender, sem ter que dar muita satisfação do que faço ou deixo de fazer. Ter que dar carinho quando quero distância. Ter que fazer sexo quando estou com preguiça. Ter que sorrir quando meu humor está péssimo. Essas coisinhas básicas, que não deixam de ser obrigações, quando dividimos uma cama com algum outro ser que não seja da sua família (eu durmo com minha mãe, entendeu?!). Enfim... O fato é que não sou nenhuma esclerosada, e não penso, também, no outro lado da história: a diversão! E diverte enquanto é importante saber qual foi o pior e o melhor do dia, na hora do jantar. Diverte enquanto ainda é gostoso estar numa festa pensando no sexo depois dela. Diverte mesmo que falte grana. Diverte enquanto, e somente enquanto, existir a primeira pessoa do plural. O que não durava muito tempo, no meu caso... Culpados? Sim, e somente uma: eu mesma! Eu tive culpa por não saber relevar quando preciso. Tive culpa por não ceder quando necessário. Tive culpa por me excluir dos relacionamentos. Tive culpa até de não me deixar ser amada. Guilty. Pronto! Não gostei. Recorri, e consegui provar que o crime cometido repetidas vezes foi por insanidade momentânea. Leia-se: a falta de maturidade faz as pessoas cometerem os maiores atos de insensatez e desatino do mundo! Provada a minha inocência!
A propósito, na busca desesperada por outra sentença, inconformada por não ter conseguido me defender naquela época (e nada melhor do que algumas terapias de choque depois!), descobri que a minha loucura não era loucura, que os crimes não foram premeditados, e que as vítimas não eram tão vítimas assim... Descobri que faltava amor. Amor por mim mesma. Amor pela minha própria vida. E eu estou com-ple-ta-men-te apaixonada...

quarta-feira, outubro 06, 2004

Nostalgia: Chá

Ainda na adolescência, eu tinha uma turma de amigas adoráveis. Morava numa cidade pequena e vivíamos sempre à procura de divertimento. Nos víamos todos os dias na escola e, mesmo assim, não era o suficiente. Resolvemos nos encontrar aos sábados, também. Mas isso seria comum, rotineiro. Então, tivemos a idéia de dar um motivo para as ocasiões, nas quais pusemos o nome de Chá. Ah, e só eram permitidas mulheres! Éramos em torno de dez, entre 13 e 17 anos. Nos reuníamos para falar (bem ou mal!) dos que não participavam, comer o que cada uma levava de gostoso, dançar ao som da música mais alta, beber e fumar escondidas... Teve festa junina, homenagem às mães, rock, fantasia, anos 60, até dia dos namorados... Era uma delícia! Nossos respectivos namoradinhos ficavam furiosos e nervosos em frente à casa em que estava sendo realizado o Chá do dia. Recebíamos ameaças de fim de namoro, brigas, tudo por causa da curiosidade masculina. Eles não tinham a mínima noção do que fazíamos, o que não era nada demais na verdade. Mas nem ligávamos. Só pensávamos em rir, cantar, documentar, e fofocar... Inclusive, meus pais descobriram que eu fumava assistindo ao vídeo de uma dessas reuniões. Mas tudo era festa, alegria e gargalhada. Ingenuidade, e satisfação por viver sem maiores preocupações. A vida era boa demais para deixarmos de ser felizes...

terça-feira, outubro 05, 2004

Dicionário De Sentimento: Frustração

Segundo o grande Aurélio
[Do lat. frustratione.]
S. f.
1. Ato ou efeito de frustrar-se.
2. Psican. Estado daquele que, pela ausência de um objeto ou por um obstáculo externo ou interno, é privado da satisfação dum desejo ou duma necessidade.

Segundo eu
[Do cor. frustration.]
Impedida, hoje, da satisfação de ter muito dinheiro, um emprego maravilhoso com uma carreira de sucesso, um homem que me ame até debaixo de chuva, minha casinha branca cheia de cachorros, me sinto extremamente frustrada, e especialmente confiante! Aham!

Muito momento nessa calma, eu estou abrindo a porta...
:)

segunda-feira, outubro 04, 2004

Música Do Coração: Longe Demais

Por Vanessa da Mata
(Vanessa da Mata – Liminha)
Beijei seu rosto e guardei

Achei sincero e sem dúvida
Era quase de manhã, era madrugada
A noite esconde a cidade, você some
Será que é cria da noite e eu não sei
As horas cessaram naquela manhã que vem
E é outro dia
Será um desencontro e eu vou sozinha?
Ele não dá um sentimento
Será um jogo intenso que se anuncia
Ele ri e sabe o que faz?
Te quis pra minha vida, todo o tempo esperei
E a vida agora está em torno de você
Amanhã é longe demais
Pra quem não tem
Pra quem não sabe
Te quis pra minha vida, todo o tempo esperei
E a vida agora está em torno de você
Amanhã é longe demais
Pra quem não tem a eternidade.

sábado, outubro 02, 2004

Noites Memoráveis

Amigos são, realmente, jóias raras. Cada um com suas peculiaridades. Formas distintas de pensamento, personalidade, gosto e sentimentos. Entretanto, todos dotados de um senso de humor inigualável. Não é preciso muito pra passarmos noites memoráveis juntos. Ontem foi uma delas...
Sentados no chão, demos gargalhadas um do outro, bebemos e conversamos. Tivemos até uma sessão "pose-para-a-foto" deliciosa!
Num determinado momento, nos pegamos discutindo a respeito das escolhas que a vida nos oferece. Portas fechadas, resguardando as mais infindáveis oportunidades. Abrir ou não? Criar coragem e (re)viver, sem medo, apenas sendo responsável pelas próprias atitudes, ou é muito mais cômodo (e seguro!) se prostrar diante dessa mesma porta e esperar que as coisas aconteçam por si só, "deitando no próprio caixão e esperando a hora derradeira"? São escolhas que sempre vão existir. O certo e o duvidoso.
A certeza de que me proteger seria a melhor defesa, durante esses últimos anos, foi a minha opção. Engano que cometi. Minha alma sofre com as consequências, e está repleta de cicatrizes. E não existe uma cura pra esse tipo de dor, e nem o tempo volta atrás. Há somente uma outra escolha. E eu escolhi abrir a porta...

Possibilidades

É incrível como o coração reage às palavras escritas, ou ditas, por uma determinada pessoa no outro lado da linha. Ele envia descargas sentimentais por todo o corpo, tornando-as físicas, assim, e nas suas mais variadas formas. São sorrisos, frio na espinha, voz embargada, umidade nos seus devidos lugares... Reações diversas, deliciosas, mútuas, sexuais, cheias de ternura e cumplicidade. Únicas. Nossas. Eu e você.
O encontro é incerto. Nem há conspiração do destino pra que seja o mais breve. Talvez pelo grande emaranhado de fios soltos em nossas vidas. Explicação? I don't think so. Curso natural das coisas. Seguimos reciclando nossas almas, escrevendo a própria história, fazendo o "dever-de-casa", ou correndo atrás, como sempre me diz.
Diferente do começo, estou serena enquanto houver possibilidades...

Começando (De Novo!)

A Vida é um eterno recomeço. Constante mutação. Queda e ascensão. Fonte de ensejo. Simplesmente tudo de novo, mesmo que seja sempre desigual.

Enfim...

Seja bem-vindo(a)!

:)